sábado, 28 de fevereiro de 2009

Breve análise sobre: Família

FAMÍLIA, S. F. Conjunto de pai, mãe e filhos; pessoas do mesmo sangue; descendência; linhagem.

Minidicionário da Língua Portuguesa Silveira Bueno.

Primeiro: Acho que, como diz minha amiga Michele, devíamos ser iguais aos bichos. Criar os filhos até eles aprenderem a caçar a própria comida. Ou seja, a criança alcançou o Neston na prateleira, vai embora. Hot Pocket e Cup Noodles nem são tão ruins assim.

Segundo: Acho que família é pai, mãe, irmão e cachorro. O resto é mera coincidência genética. Às vezes, nem pai, mãe e irmão são família, só o cachorro mesmo. Tios, primos, gente que é casada com gente que é parente do teu pai ou tua mãe, não devia ser chamada de família. E acho uma putaria tu ter que gostar das pessoas só porque o DNA é parecido como teu. Por exemplo: tenho uma tia que mora no RS, (graças ao bom deus) não a vejo há três anos. Porém, sempre que nos encontramos seja em velórios, casamentos ou audiências relacionadas à herança do meu avô, ela faz QUESTÃO de dizer que me ama. Oi? Como assim? Não, peraí. Tu não me vê há anos, não sabe nem que curso eu faço na faculdade e diz que ama? Não, querida, obrigada.

Terceiro: A minha família mesmo, se resume àquelas que moram comigo, ao meu namorado e meu melhor amigo. Esses sim me acodem quando eu preciso e se eu cometesse um assassinato, ajudariam a ocultar o corpo e dar fim nas evidências.
E olha que nossos DNAs nem são parecidos.


E tenho dito.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Como sobreviver ao carnaval

Carnaval, bebida, festa... ah, o carnaval. Bom, sejamos honestos: carnaval, assim como Natal e Ano Novo, não é uma boa data pra morrer. Além de acabar com a sua festa, vai acabar com a festa de mais um monte de gente.

Pra quem vai passar na cidade, já não é tão perigoso, afinal, bombeiros estarão lá para qualquer eventualidade. Às vezes, eles demoram um pouco e eu sei do que estou falando, porque uma vez desmaiei no meio da rua e eles não chegaram tão rápido. O disk-pizza teria sido mais eficiente. Mas enfim, se os bombeiros não chegarem prontamente, vai ter um monte de gente lá pra te socorrer. Isso é fato.

Como eu não vou passar o carnaval na cidade, mas sim, isolada do mundo com um bando de loucos num lugar onde não se pega celular, achei melhor elaborar um manual de sobrevivência ao carnaval. Como eu não tenho planos de comprar um desfibrilador, gostaria que todos lessem com muita atenção.

1) Bebida e água não combinam – tem quem diga que quando se bebe, a gente fica rico e mais uma vez eu sou prova viva disso, já que consegui pagar cerveja prum monte de gente, muitas que eu nunca tinha visto na vida, numa quinta-feira. Deixei todo mundo bêbado e meu bolso vazio. Mas sempre tem aquele que fica corajoso: ‘Ah, foda-se se eu não sei nadar!’

2) Bebida e trilhas no mato não combinam – trilhas normalmente não são legais. Sei lá, elas são perigosas e existem animais selvagens lá. Você pode escorregar, bater com a cabeça e morrer. Ou sofrer um ataque de aranhas selvagens e sedentas por sangue.

3) Bebida e remédios não combinam – mais uma vez, experiência própria. Se você quer ficar realmente muito bêbado, tome um antiepilético e uma caipirinha. Você vai acordar com hematomas que você não sabe de onde veio e vai achar que rolou de uma escada quando, na verdade, estava brincando de pinball com seu próprio corpo.

4) Bebida e desconhecidos não combinam – já ouviu falar no ‘boa noite Cinderela’? Então, acho que não preciso falar mais nada. Se você nunca ouviu falar, procura no Google que eu tou com preguiça de explicar.

5) Bebida e cochilos não combinam – Ta com vontade de vomitar? Sente que bebeu demais? Vomite, põe pra fora. Deitar, nesse caso, só vai piorar as coisas. Além de ser perigoso, porque você pode vomitar dormindo e morrer afogado no seu próprio vômito. É perigoso e nojento, diga-se de passagem. Crianças de até 6 meses morrem afogadas no vômito e ninguém vai lembrar de colocar um travesseiro nas suas costas para você dormir de lado. Afinal, você não é mais uma criança de 6 meses.

6) Drogas e qualquer coisa não combinam – quer pirar? Ficar louco? Faça isso na segurança do seu lar. Não invente de tomar ácido no carnaval. Eu sei de histórias bem bizarras envolvendo ácido, bala, maconha. Você, com certeza, não quer acordar com 7 desconhecidos do seu lado, quer? Ah, isso não foi experiência própria.

Como podemos ver, bebidas e drogas não são legais quando não usadas com moderação. No caso das drogas, nem com moderação elas são seguras.

Pronto, temos um manual simples de sobrevivência ao carnaval. Dicas simples e bem óbvias que podem salvar a sua vida e o seu carnaval.
Lembre-se: você pode quebrar uma perna, deslocar a clavícula, arrancar uma unha. Não tem problema. Possivelmente, você vai ser chacota da turma até o próximo carnaval, quando acontecer algo pior. Mas morrer não é legal. Curta o carnaval em segurança e tenha uma morte consciente. Pode ser na quaresma, mas datas comemorativas não são legais. Não seja egoísta de acabar com a festa de todo mundo.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Como saber quando...

...fodeu, você está gostando de alguém. Pois é, isso é inevitável, pode até ser que demore um tempo, mas você não vai conseguir escapar. Enfim, esse é um processo lento, que vai sendo martelado na cabeça por algum tempo. E como todo processo, passa por estapas. Vamos à elas:

Negação: Você não vai adimitir que está gostando de alguém, afinal, ninguém sabe que você tem coração e prefere que continue assim. Mesmo que você fale o nome da pessoa 10 vezes numa mesma frase e aquilo que você conversa com ela vira assunto principal das suas conversas com outras pessoas, você sempre continuará negando.
'_Tá vendo? É só falar o nome dele que teu olho brilha!
_Claro que está brilhando, são lágrimas, imbecil.
_Que liiiiinda! É de emoção por falar nele?
_ Lógico que não. Caiu um cisco do tamanho de um meteorito no me olhos agora.'


Medo: Enfim, tá na cara, ou pelo menos alguém teve que esfregar na sua cara que você está gostando de alguém pra você acreditar naquilo que tentou rejeitar: você é um ser humano. Pronto, você aceitou. Isso já é um bom primeiro passo. Mas o mais difícil ainda está por vir: adimitir pra quem tanto insistiu que, sim, ela estava certa. Dói. Não no coração, mas no orgulho, lógico. É um situação que dá medo, mostrar pra alguém que você tem coração e ele está servindo pra algo mais que bombear sangue pro resto do corpo.
'_ Tá vendo? É só falar o nome dele que teu olho brilha!
_ É brilha.
_ E não é um meteorito que caiu no teu olho?
_ Não.
_ EU SABIA DESDE O PRINCÍPIO! EU SABIA!
_ Caralho, cala a boca e me passa o lenço de papel.'

Cuidado...: ...para não virar um idiota. É, gente apaixonada normalmente fica chata, melosa e quase ninguém suporta. Essa é uma etapa que exige cuidado e bom-senso.

A declaração: Depois de se assumir para os amigos como um ser humano que também ama, essa é a parte que mais inspira medo, pra não dizer pavor. Como se declarar. Bom, isso é uma coisa muito pessoal, não exstem fórmulas ou coisas assim. Mas, bom-senso SEMPRE.
Normalmente, quando estamos nessa situação, fazemos coisas ridículas, do tipo 'pré-adolescente', mas acho que isso é normal. Afinal, se fazer de forte na frente dos amigos exige muita força e seria demais pedir para manter o bom-senso quando estamos sozinhos. Não se culpe, afinal, você vai passar por fofo se o sentimento for recíproco. Se não for, foda-se. Paixonite devia ser considerada doença psiquiátrica, mas como não é, coloque a culpa nela mesmo assim. Pelo menos é melhor aceita socialmente que epilepsia.
Mas você não vai poder fugir disso (da declaração, não da epilepsia). Quer dizer, você até pode, mas vai ser uma dúvida na sua cabeça pro resto da eternidade, pois corre o risco da outra pessoa sentir o mesmo, porém ser tão tapada quanto você.

O resto: Bom, vamos fazer de conta que você passou com sucesso por todas as etapas e não infartou quando soube que era recíproco. Parabéns, você é forte. Ouvir a pessoa que você gosta dizer que tipo, ela também, se pá, enfim..., é massa e muitas vezes faz o coração bombear sangue pro resto do corpo mais rápido que o normal.

Agora, se joga e bate cabelo. Não dá pra dizer como que vai ser o resto, porque, daqui pra frente, não depende de mais ninguém a não ser vocês.




Viu só? Eu tenho coração!*




(*juro por tudo que é mais sagrado que, se alguém tirar sarro da minha cara, comprou uma briga pro resto da vida. Não é porque eu tenho coração que sou obrigada a ter piedade. Aí já é pedir demais)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Acredite: eles estavam certos

De ontem pra hoje, li dois textos sobre homens e mulheres bastante interessantes. O primeiro, do Arnaldo Jabor que diz:

‘Legal mesmo é mulher de verdade !!!! E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa... Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira.Pode até ser meio mal educada as vezes, mas adora sexo.Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução (e, às vezes, nemchegam a ser um problema).’

A única coisa que eu posso dizer é:deviam existir mais Arnaldos no mundo.

O segundo é do Marcelo Cunha, que diz que os homens escolhem suas mulheres por influência dos amigos (texto na íntegra: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3496777-EI8423,00-Como+os+homens+escolhem+as+suas+mulheres.html , comprido, mas vale a pena).

Isso mostra que só ferormônio não resolve de nada. Acho que já ta mais do que provado que mulheres fazem chapinha para outras mulheres invejarem seus cabelos, passam horas na academia para outras mulheres invejarem suas bundas. Homem não quer saber qual é a marca do teu sapato, quando foi a última vez que você fez hidratação no cabelo. E, parece mentira, mas ele quase nunca reparam se as unhas estão feitas ou não.

Hoje, cheguei à conclusão de que, por todos esses anos, eles estavam certos (já não era sem tempo de terem razão em alguma coisa): nós que complicamos. Sim, nós. Eles não querem Barbies para exibir num concurso de beleza, querem mulheres de verdade. Com todas suas celulites, com seu bom ou mau humor, mulher com TPM, que não sorri o tempo todo como se estivesse no consultório do dentista.

Quer dizer, estamos falando, tanto eu, quanto o Arnaldo e o Marcelo, de relacionamentos, não de pegação. Porque, pra passar uma noite e exibir pro amigo aquela menina linda, de bunda durinha, toda magrelinha, eles adoram!

Bom, se depois de todas essas evidências vindas diretamente da fonte (leia-se: homens) você ainda quiser acordar 6h da manhã pra fazer chapinha e o horário da manicure for tão importante pra você quanto o ar que respira, continue assim. Mas continue por você. Não por ele (ou pela ex dele)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Quando a sua casa vira...

A casa do caralho. Sim, quando se mora sozinha, isso é um risco que se corre. Por dois motivos diferentes entre si.

1) sem sua mãe pra mandar você arrumar o quarto ou lavar a louça, várias vezes, você acaba, simplesmente, não fazendo. Mas, pela ordem natural das coisas, tudo acumula. A louça acumula. Seu quarto vira um recanto de qualquer coisa que não se encontra palavras pra mencionar. Sem sua mãe pra mandar você comer na cozinha, você acaba comendo lá mesmo. E pela ordem natural das coisas, as formigas descobrem os farelos das porcarias que você come e quando se dá conta, elas já têm um processo judicial reclamando a posse do lugar.

Mais uma vez, sem sua mãe mandando você recolher suas roupas que você espalha no banheiro, na sala e na cozinha, elas acabam ficando por lá mesmo. E, mais uma vez, pela ordem natural das coisas, quando você se dá conta, já não tem uma mísera camiseta limpa pra usar.

Então, sua casa vira a casa do caralho porque ‘caralho’ é a única coisa que você consegue dizer quando abre a porta.

2) sem sua mãe para te mandar dormir cedo, você simplesmente, não vai. Como você já mora sozinho e tem noção das suas responsabilidades, deveria ir por mera consciência de que dormir 8h por dia é saudável e você trabalha logo pela manhã. Mas não. A internet é mais forte, o filme do Intercine é mais legal. E ainda bem que inventaram o termo ‘insônia’, assim sua irresponsabilidade ganha nome de doença psiquiátrica e tudo fica resolvido.

Só que seus amigos descobrem tudo isso e sua casa acaba virando recanto de psicóticos, drogados e de gente que não tem mais nada o que fazer da vida mesmo. Quer dizer, eu não sei se as pessoas que freqüentam minha casa são drogadas, mas certamente são psicóticas e não têm mais o que fazer.

Sem sua mãe para controlar sua alimentação e com seus amigos freqüentando sua casa diariamente, a ordem natural das coisas é que na sua geladeira tenha apenas latinhas de cerveja e sachês de maionese e catchup que vêm junto com o cachorro-quente, que, quando se mora sozinho, é a base de uma alimentação saudável.

Você engorda, bebe e não dorme, e a ordem natural das coisas sugere que você fique cada vez mais feio e acabado, o que faz você olhar no espelho e ‘caralho’ ser a única coisa que surge na sua cabeça.





*Dica: more sozinho só quando puder pagar uma empregada e ter juízo suficiente para dizer não às armadilhas de satanás.

O bom filho à casa (re)torna.

É, não adianta, eu não consigo ficar sem blog. E nem vou dar a desculpa de que não consigo mesmo é ficar sem escrever, porque se assim fosse, eu abria o word, escrevia e pronto. Mas eu sou exibicionista.

Mas então, aqui é o lugar pra se fazer o que não podemos fazer o dia inteiro. Falar bobagem, falar mal da vida dos outros, da novela, do tio que não se suporta, da briga com o irmão, reclamar do vizinho, criticar aquela campanha que todos os seus colegas de trabalho pagam pau. Enfim, coisas legais que nos privamos durante o dia.

Entre, traga sua cerveja (ou seu Lexotan 6mg), fique à vontade. Não liga pra bagunça, vou ajeitar aos poucos. Mas não ponha os pés em cima da mesa que a casa ainda é minha. E não esqueça a luz acesa, porque sou eu quem paga a conta.