sexta-feira, 22 de maio de 2009

Gente Perecível

Sempre me perguntam porque eu não gosto de balada. E vou responder: não tenho saco pra passar horas me arrumando, pra chegar num lugar que vai estar tocando uma música horrorosa que tá num volume que te impossibilita de conversar, pagar caro pra beber, ter quase uma crise de clausrofobia por causa do abafamento e ver gente fabricada em série.

Gente fabricada em série é algo que me irrita profundamente. Acho que elas tem um chip implantado sob a pele que traz o número do lote. Vestem as mesmas roupas, normalmente, quando andam em grupo, coordenam as cores. Não suporto ver meninas espremidas em calças dois números menores, se equilibrando em saltos 15, com blusas que exigem movimentos limitados, caso contrário, pagarão peitinho.

Não consigo ver graça em meninos que usam os mesmos bonés, as mesmas camisetas, tomando seu energético em frente a um carro popular com um som potente (que, possivelmente, vale mais que o carro), chamando as meninas de 'gatinha' e fazendo 'psiu' a qualquer coisa que passe pela frente e tenha peitos. Acredito que já cantaram muito travesti nos sábados a noite.

Acho tudo isso muito 1998.