sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Querido diário...

...eu odeio muito ser mulher. É sério. Uma vez, diário, eu perguntei a um travesti porque ele queria ser mulher. Sabe o que ele me respondeu? Diz que o mundo feminino é "fascinante". Só que:
  • eu não acho fascinante ficar menstruada;
  • eu não acho fascinante fazer as unhas com alguém cutucando tua cutícula com um alicate afiado que, normalmente, te machuca;
  • eu não acho fascinante usar salto alto e ficar com os pés e panturrilhas doloridos;
  • eu não acho fascinante exercer a mesma função de um homem, com qualidade semelhante ou até superior e vê-lo ganhar o dobro no quinto dia útil do mês;
  • não acho fascinante ser taxada de vagabunda por ficar bêbada;
  • não acho fascinante trabalhar num ambiente com vários homens, mas por eu ser mulher, ser a responsável por lavar as xícaras
  • não acho fascinante ser chamada de burra quando pego o carro. Sendo que, como eu dirijo bem, sou chamada de caminhoneira.
  • não gosto de ter que dormir de cabelo amarrado com medo de que ele crie vida no meio da noite e peça independência pela manhã;
  • não gosto de papo de mulher;
  • não acho nada legal ter que combinar as roupas;
  • não gosto de me maquiar pra sair;
  • não acho nada legal ter TPM e cólicas;

É, querido diário, eu poderia ficar aqui até amanhã listando coisas que me fazem odiar o fato de ser mulher. Mas tem algo que eu odeio ainda mais que o fato de ser mulher: outras mulheres. Ah!, como mulher é chata. Pouquíssimas as exceções e tenho a sorte de me rodear delas. Porque, desculpa, mas a minha vida NÃO gira em torno da sua 'escova marroquina de chocolate dos alpes suíços' nem da balada de sexta que você sai no tapa com outras pra conseguir. Mulher é chata, mulher é fútil. Graças ao bom deus existem as que fogem do padrão.

Bom, querido diarinho, vou escutar a nova música que baixei. Ela diz, mais ou menos, o seguinte: "Fuck you, fuck very very muuuuuuuch".

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Hoje é dia de figurinhas!

Eu ando meio sem ter o que falar ultimamente e acordei sem muita vontade de escrever, portanto, vou botar vocês pra verem figurinhas! Olha como eu sou legal, selecionei três seções de fotos e desenhos de artistas diferentes, todos com um mesmo tema: as princesas da Disney.

De uns tempos pra cá, tenho notado a grande fissura que vários artistas e fotógrafos tem mostrado pelas princesas, só que o mais legal: um lado que imaginávamos. Algumas dessas fotos acabam, finalmente, com as nossas percepções das lindas e intocáveis princesas, principalmente, o ensaio feito pela fotógrafa Dina Goldstein. Mas eu vou começar pelo mais bonitinho.

Annie Leibovitz:

A fotógrafa fez um ensaio com várias otários celebridades, vestidas como personagens dos clássicos da Disney. Alguns ficaram meio fora de contexto, mas a direção de arte e o resultado final ficaram ótimos.

David Beckham como Príncipe Phillip, de A Bela Adormecida
Gisele Bündchen como Wendy, de Peter Pan
Jennifer Lopez e Marc Anthony, como Jasmine e Aladdin
Jessica Biel como Pocahontas
Julie Andrews como a Fada Azul
Beyoncé, Alice no País das Maravilhas (ahn?)
Michael Phelps e Julianne Moore, A pequena Sereia
Rachel Wiesz (who?), A Branca de Neve
Roger Federer (oi?), O Rei Artur
Whoopi Goldberg, como o Gênio de Aladdin (gostava quando ele era azul)
Zac Gay Efron e Vanessa Peladona Hudgens, A Bela Adormecida
Scarlett Johansson como Cinderela (filha, vira modelo, porque atriz tá difícil. Fikdik)
Dina Goldstein:
Este é o meu favorito. Ela fez um ensaio intitulado 'Fallen Princesses' onde mostra o que, provavelmente, aconteceu com todas as princesas depois do 'e foram felizes para sempre'. Sempre se baseando nos problemas enfrentados pelas mulheres de hoje, o ensaio é divertido e realista.
Bela, de A Bela e a Fera, com um botoxzinho básico
O príncipe só quer saber de cerveja e fazer filhos.
Rapunzel perdeu os cabelos por causa do monografia câncer
Bela Adormecida hoje enche a cara de Rivotril
Cinderela hoje enche a cara de cachaça mesmo
Jasmine largou Aladdin e virou guerrilheira
James McTeigue:
Com desenhos inspirados nas princesas mas com traços de mangá, ele retrata a versão sombria das personagens. Não sei a data dos desenhos, mas a Branca de Neve é o plano de fundo do meu celular.
Alice no País das Maravilhas
A Pequena Sereia
A Bela e a Fera
A Bela Adormecida
A Branca de Neve
Cinderela
Jane (Tarzan)
Jasmine (Aladdin)
Mulan
Nala (O Rei Leão)
Pocahontas
Então, é isso. Por favor, isso deu trabalho pra fazer portanto, diga que ficou legal, ok?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Gato dramático que se boicota




Até hoje de manhã eu era um gato dramático que se boicotava. Eu me jogava de barriga pra cima, resmungava e pedia ajuda aos deuses. Isso não é bom e dá dor nas costas.

Hoje, eu vi que a única responsável por tanta incomodação da minha vida sou eu. Eu me boicoto o tempo todo. Eu procuro motivos para deixar de fazer coisas que poderiam me deixar feliz.
Ontem mesmo eu terminei meu namoro por não saber se ele passaria ou não no vestibular. Sendo que quem vai fazer o vestibular é ele e é só em dezembro. Porque me estressar com isso agora? Pra que ficar me perguntando o que vai ser de mim, da carreira, dos estudos, no ano que vem? Ué, ano que vem eu vou saber!
Enfim, hoje eu decidi parar de me boicotar, afinal de contas, tenho só 21 anos, caramba! Tenho mais mesmo é que dirigir bêbada, fazer sexo sem proteção com desconhecidos, assaltar uma igreja (ops!, o Edir Macedo já fez isso), espancar um velhinho na rua... coisas que todo jovem normal e saudável deve fazer.
Tá, desconsidera esses itens. Não vou fazer nada disso. Só vou parar de me boicotar mesmo.

Para encerrar este lindo post de hoje, publico aqui a linda ode à monografia escrita por Michele Ayres:

Ode ao que se fode

Eu queria começar
Voce sabe o que
Mas não vejo razão
nem motivo, nem por que

Toda noite eu penso
Naquilo que não se deve dizer
Choro, pego um lenço
O que eu posso fazer?

Ode ao que se fode
Monografia filha da puta
Não me enche o saco
Vai pra puta que pariu.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Monografia, trabalho, namorado, brigas, intrigas, frustração, solidão, apego, saudade, família, amigos, problemas, dinheiro, quarto com goteiras, cachorro doente, dor de cabeça, pré-projeto que nem comecei, faculdade que quero acabar logo, ciúmes, birra, orgulho, futuro, projetos na gaveta, finais de semana jogados no lixo, cinema que não consigo ir, amigos que estão longe, falta de vontade, excesso de vontade, inércia.






PARA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Consideração

Um vez eu falei aqui sobre lealdade, hoje eu quero falar sobre consideração.
São coisas bem diferentes, lealdade é virtude, consideração é bom-senso. Você ter consideração por uma pessoa não é você amá-la ou coisa assim. É só não esquecer tudo que ela fez por você. É ouvir quando ela quer conversar, assim como ela te ouviu mesmo, talvez, quando não estivesse a fim.

Uma coisa que eu acho impressionante são pessoas que te enxergam como uma orelha, só isso. Quando precisam conversar, precisam de um conselho ou contar uma novidade, coooorrem pra você. Mas essas pessoas esquecem que você não é só ouvidos, também é boca. Também precisa e também quer falar. Também tem opiniões e necessidade de dividi-las.

Talvez por isso, eu tenho escrito mais no blog que procurado algumas pessoas. Aqui, eu falo sozinha mas, pelo menos, não espero retorno. Este blog não precisa ter consideração comigo. E por isso, não espero nada dele. Lealdade, como eu já disse, não se pode cobrar, é uma coisa que a pessoa é ou não é. Consideração, não. Todos deveriam ter, mas a falta de noção de muita gente ainda é mais gritante que a consciência.

Portanto, não esqueça de ninguém que fez por você o que muitos não fariam. Seja emprestar um sapato, uma roupa ou alguns minutos do dia. A partir do momento que alguém cede algo pra você, essa pessoa se priva daquilo que cedeu, mesmo que seja por pouco tempo. O sapato que ela te emprestou, ela não pôde usar naquele determinado dia porque estava com você. Os minutos que ela gastou te ouvindo, não voltam mais. Será que o mínimo que você poderia fazer não seria dizer um ‘obrigada, quando precisar, me chama’? Tente isso. Prometo que não dói nem tira pedaço.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Um sonho realizado

Pra quem não sabe, eu sou redatora publicitária, profissão conhecida também como ‘trabalho escravo reconhecido pelo ministério do trabalho’. Redator é aquele cara que não sabe mexer no Corel, não tem noção de Photoshop, não sabe fazer orçamentos e nem tem idéia de que monte de ‘x’ é aquele numa tabela de mídia. O mais perto de planejamento que ele chega, é quando joga War. Aí, ele resolve ser redator e muitas vezes, nem escrever ele sabe.

O redator está para a agência de publicidade assim como o cocô está para o cavalo do bandido. Quando o estagiário está ocupado fazendo alguma coisa, é ele quem busca o café da galera da criação. Por isso, na minha curta trajetória de redatora, estando na terceira agência, eu percebi uma coisa: redatores nunca tem boas cadeiras. Normalmente, a cadeira do diretor de arte é alta, confortável, quase te abraça quando você senta nela. Uma delícia. A do redator, não. Diz a lenda de que em algumas agências, o redator é obrigado a sentar em pequenos tocos de bambu. É o que dizem.

Então, o redator tem dois objetivos na sua carreira: levar Cannes e ter uma cadeira igual a do diretor de arte. Objetivos igualmente esdrúxulos e inalcançáveis. Viramos noites trabalhando, desenvolvemos campanhas legais, nos estressamos, tudo em busca da realização do sonho da cadeira própria. O leão em Cannes é outra história, afinal, ele não depende da boa vontade do seu chefe. Você se esforça, volta pra casa com dores nos ombros, nas costas, descobre que tem artrite, artrose, tendinite, bursite e tudo o mais. Mas está lá, na cadeira que sobrou da última reforma da agência.

Hoje, aconteceu algo que eu não esperava que fosse acontecer antes dos meus 35 anos (de carreira, que fique claro). Eu ganhei uma cadeira igual a do diretor de arte. Sério, fiquei uns 5 minutos observando ela, a cadeira, linda e absoluta. Reparei seu design atraente, passei os dedos por todas as suas curvas, senti a maciez do tecido. Até que eu sentei. Neste momento, as nuvens de abriram e do céu desceram anjos tocando arpas douradas.

Ela é maravilhosa, tem rodinhas, gira, encosto alto, apoio pros braços! Eu poderia morar nessa cadeira. Hoje, eu recebi o maior reconhecimento que um redator publicitário pode querer: uma cadeira. Agora, confortavelmente instalada, criar coisas dignas de um leão em Cannes será fácil. Ou não.

Com vocês, ela, a minha cadeira nova:

Minha vida de casada

Hoje termina meu test-drive de casamento. Meu namorado veio passar as férias comigo e acabou prolongando por uns dias, aí veio o recesso suíno e tudo o mais. Mas hoje, as coisas devem voltar pro devido lugar, ele tem aulas, eu tenho monografia e só deus sabe quando vamos poder passar um tempo relativamente grande juntos de novo.

Enfim, como dizia o poeta ‘foi eterno enquanto durou’. Ah!, e foi mesmo. Um mês grudada numa pessoa ensina bastante coisa pra gente. Por exemplo: viver de pizza congelada sai caro, miojo enjoa e não ter louça suja na pia é muito legal. Eu poderia escrever horrores, contando detalhes sobre as bebedeiras e até a briga que tivemos, mas é desnecessário. Casamento é bom, mas no tempo certo.

Eu não tenho necessidade de gente o tempo todo. Sempre fui assim, desde criança. Nunca fui de chegar e contar meu dia na escola, comentar uma festa da noite anterior e nem passar horas a fio no telefone fofocando sobre o último bafão escolar. Aliás, eu sempre gostei de estar comigo e isso é muito bom. Eu gosto da minha companhia e de andar feito uma mendiga dentro de casa, comer quando dá vontade, ler, ver os filmes que eu escolhi. Sempre fui tranqüila, por isso, nunca fiz questão de estar rodeada de gente. Não que eu seja uma doida sociopata, longe disso! Mas eu sei curtir os meus momentos. Afinal, tem coisas que são só suas e que se você divide, já não tem o mesmo gosto.

Esse mês virou minha rotina de pés pro ar. Achei uma delícia chegar em casa e ter alguém me esperando, dormir abraçadinha, conversar sobre o teu dia, ter alguém pra rir e criar teorias conspiratórias. Aliás, uma coisa que aprendi nesse mês: a melhor coisa do mundo é ter alguém que te ama do jeito que você é. Eu não mudei meus hábitos, não me desfiz de antigos vícios, não alterei muita coisa só porque o Victor estava aqui. É tão bom ter alguém que você gosta do seu lado e não precisar fingir! É ótimo não precisar acordar mais cedo que ele só pra escovar os dentes e arrumar o cabelo. Nem do meu mau humor eu abri mão.

É fácil fingir, esconder detalhes quando se namora, se vê pouco. Mas quando a pessoa divide tudo contigo, desde o convívio com teus amigos até a cama e os talheres, não dá. Mais hora, menos hora você se ‘revela’. O grande segredo é não ter que revelar nada! É ser quem você é desde o começo de tudo. Só assim você pode ter certeza que a pessoa ama você e não a imagem que ela construiu (e você fez o projeto).

Enfim, o balaço total do meu pseudo-casamento foi positivo. Mas não vou negar que não sinto falta de mim mesma e me enrolar no cobertor de noite sem me preocupar se alguém vai ficar sem.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O importante é ter estoque

Nossas vidas viraram uma grande vitrine. Temos a necessidade de colocar ali tudo que julgamos importante. Temos necessidade de expor nossas alegrias, conquistas, último namorado, balada, tristezas. Precisamos de aprovação ou inveja de alguém. Precisamos mostrar o quão bonitos, modernos, plásticos nós somos, seja no nick do msn, no álbum do orkut, numa frase de camiseta. Quanto mais melhor.

Hoje, é muito fácil encontrarmos essas vitrines cada vez mais poluídas, mais cheias de novidades. O grande problema, é que enfeitamos mais a vitrine que os fundos da loja. Não é difícil encontrarmos gente assim: meninas em posições ginecológicas nas fotos espalhadas, muitas vezes, por elas mesmas. Gente com três ou quatro perfis no orkut e nenhum amigo no domingo à tarde. Namoros eternos de três semanas. A disputa à tapas por uma foto numa comunidade. A luta para ter cada vez mais seguidores no twitter.

Há quem esqueça que a vida, a imagem, não é vitrine. Não podemos compartilhar nossas vidas a ponto de torná-la domínio público. Afinal, mais tarde, pra quem reclamaremos os direitos autorais? Quem poderemos acusar por espalhar uma fofoca? Ninguém. Afinal, estava lá, na vitrine, pra quem quisesse ver, tocar, opinar.

O problema é que pra manter uma loja funcionando e com clientes fiéis, não basta ter tudo na vitrine. Precisa ter estoque, precisa ter coisas que ninguém vê um pouco mais escondido. Quando a bunda murchar, o peito cair, o namoro acabar, o que você terá a oferecer? Nada, pois tudo estava na vitrine, enquanto os fundos da loja criava teias de aranha.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Lealdade

‘O Schumacher é muito ligado à equipe e está fazendo isso, ele mesmo disse, por lealdade a tudo que a Ferrari fez por ele.’

Ele já tinha encerrado a carreira com chave de ouro. Ele já é o maior de todos. Ele já está rico. Ele não precisava voltar a correr no lugar do Massa. Mas, por lealdade à equipe, ele voltou. É difícil gente que faça isso, seja por quem for. Estamos na geração ‘socialização por conveniência’. Você vê no que a pessoa pode ser útil, se não for, descarta e parte pra outra.

Cachorros não são assim. Você pode bater neles, deixá-los sem água ou comida por mais de dias, ignorá-los quando está triste, mas eles sempre vão estar lá. Vão com você onde você inventar de ir. Você pode até fantasiá-los de coelho ou bater fotos ridículas deles no banho, mas eles ainda vão te amar. É disso que eu estou falando. Cachorros são leais. Pessoas, nem sempre.

Pessoas têm memória seletiva. O que você fez por elas ontem, foi ontem, é passado. Já não serve mais. Antigamente, palavra era como um contrato, aperto de mão valia mais que assinatura. Hoje, poucas são as pessoas que você pode ter certeza que estarão com você se algo muito ruim lhe acontecer. Aliás, é nessas horas que a verdadeira lealdade aparece. A grande maioria, são números: na agenda do celular, no orkut, na lista de convidados, onde for.

Só depois de entender que lealdade não é experiência de vida, e sim, virtude, é que você começa a não esperar mais das pessoas ao redor. Você pode ter feito o que for por uma pessoa, se ela não possuir esse gene abençoado, no momento que você precisar, ela será apenas mais uma que vai lhe dar um tapinha nas costas e dizer com uma sombra de sorriso no lábios: que pena. Mas me liga outra hora pra marcarmos alguma coisa!

Lealdade, não é como amizade, carinho, amor. Lealdade não se conquista. Ninguém desenvolve isso por determinada pessoa. Essa virtude, apenas aflora por determinada pessoa. Faça a sua parte, só aprenda a não esperar nada em troca de ninguém! Lealdade, infelizmente, é cada vez mais rara e não vem estampada na testa.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Até dezembro, dois filmes serão o tema deste semestre: 'Onde os Fracos não tem vez' e 'Mulheres à beira de um ataque de nervos'. Depois de 3 anos empurrando a faculdade com a barriga... ops! Quer dizer, não me esforçando taaaaanto quanto o sublime curso de Publicidade e Propaganda exige que eu me esforce, tá na hora de meter a cara nos livros e chorar em posição fetal no canto do quarto toda vez que pensar na apresentação da monografia.

É um semestre que não posso nem pensar em ler livros cujo título não contenha as palavras 'propaganda', 'marketing', 'comunicação', 'manipulação de mentes', 'estratégias', não vou mais poder perder os finais de semana vendo filmes e computador vai ser somente o necessário. A primeira grande mudança do semestre é pagar a pendência que eu tenho na biblioteca, afinal, agora seremos amigas íntimas. Minha alimentação não vai mudar muito. A base vai continuar sendo pizza congelada, miojo e coca-cola, só que agora, com energético. Sextas, antes regadas a música, vinho e baboseiras, agora serão preenchidas por livros, dois notebooks, coisas-que-me-mantenham-acordada e duas mulheres completamente loucas escrevendo de forma compulsiva. Sinceramente, eu espero que escrevamos de forma compulsiva.

É, começou o semestre do pesadelo. Juro que segunda-feira pela manhã, ouvi a voz do John, dos Jogos Mortais, dizendo 'e que o semestre comece', ao invés da música tema das Meninas Super Poderosas, que é meu alarme do despertador.

Victor ainda está aqui em casa e isso ainda dá um ar de férias pro apartamento zero-quatro. Como ele ainda está aqui, fico adiando a hora de cair de boca nos livros sob o pretexto de 'aah, tem que dar atenção pro namorado'. Não quero que ele vá embora nunca!

Agora eu tenho, finalmente, uma desculp plausível pra não atualizar mais esse blog! E viva a monografia!!! E Teoria da Comunicação, Planejamento de Campanha, Mídia, Planejamento em Comunicação...