quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Eu não gosto de intelectuais


Adoro gente inteligente, estar cercada de gente que tem opiniões, que sabe dizer do que gosta e do que não gosta, que tem algo a acrescentar. Mas se tem algo nessa vida que eu não suporto é intelectual. Não, não estou falando em gente que tem foto com óculos de aros grossos no Orkut, que usa cachecol xadrez em pleno setembro e bebe um cafezinho expresso comentando o último filme iraniano do momento. Essas pessoas simplesmente são ignoradas por mim.
Intelectuais me irritam profundamente. A diferença do inteligente pro intelectual, é que o inteligente está aberto a novos pontos de vista. O intelectual é dono de verdades absolutas. O inteligente é aquele que lê Paulo Coelho pra poder dizer se gosta ou não. O intelectual diz, com todas as letras, que isso é leitura de gente burra. O inteligente assiste aos filminhos comerciais que infestam as salas de cinema, pois assim e só assim, poderá falar mal. O intelectual diz se é bom ou não pelo diretor ou por um crítico de cinema que não faz sexo há 7 anos.
Não gosto de verdades absolutas, do óbvio, do técnico. Gosto de conhecer, de aprender, mesmo que seja com Paulo Coelho, com Dan Brown ou com Ben Stiller. Tudo é válido, tudo ensina. Gostaria muito que vários intelectuais, donos dos conhecimentos universais e únicos conhecedores do que é arte, tivessem a capacidade de poder mastigar e só aí digerir e formar a sua opinião. Não que o conhecimento que eles tanto se orgulham fosse empurrado goela abaixo como se alimenta um ganso no período de engorda.