quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Destilando mau humor

Sejamos honestos: o fato de eu estar destilando mau humor não é atípico nem digno de nota. Mas hoje está especial. E eu vou dizer o motivo.

Acordei, dormi de novo, o despertador tocou de novo, quis ignorá-lo com todas as minhas forças, mas ele me venceu pelo cansaço. Xinguei a vida, levantei, me arrumei e cheguei na porta do prédio. O que me esperava lá fora? Um enorme, radiante, incrivelmente quente e insuportável SOL. Não, não era possível. Por que comigo, meu deus? Não entendo quem ama o verão. Sério, não consigo compreender. Vamos analisar os fatos?

1) No verão, tem SOL.

2) Se tem sol, tem CALOR.

3) Se tem calor, tem SUOR.

4) Se tem suor, tem gente MELEQUENTA.

Não vou entrar no mérito das praias. Não, não vou. Só uma pincelada, talvez: praia, calor, suor, areia mijada, criança infernais correndo, crianças infernais fazendo castelinhos de areia à beira mar, água suja, fria, gordos escrotos que te comem com os olhos, gordas escrotas que te matam com os olhos. Piriguetes, muitas piriguetes. Eu acho praia um show de horrores.

Eu acho que se deus existe, ele até foi justo numa coisa: encaixar o verão com todas as festas mais insuportáveis do planeta. Já pensou em passar pelo verão e quando você está novamente sorrindo por sentir frio, tem carnaval, natal, ano novo? Não, seria maldade demais com a raça humana. Além de eu ter que passar pelo verão, com seu calor insuportável, natal em família, ouvindo Simone cantando "então é natal, o que você fez, mimimi", ano novo em família NA PRAIA e o carnaval em família na praia com gordos escrotos que te comem com os olhos elevados à décima potência, no meio disso tudo tem o meu aniversário.

Eu acho que usei a mesma lógica que deus usou ao encaixar as festas com o verão. Se é pra ser, que seja agora. Nasce no meio da muvuca, acaba com essa palhaçada de uma vez. Tá certo, nunca tive festa de aniversário com os amiguinhos e ganho um presente só de natal e aniversário, mas eu ACABO COM A PALHAÇADA TODA DE UMA VEZ. Já dizia o poeta: "Cada escolha, uma renúncia e essa é a vida"

Quando eu penso no verão, sinto arrepios. É sério. Meu inferno astral começa em novembro, junto com o horário de verão e só termina em abril, quando a TV para de reprisar os melhores momentos de todos os programas que existem na grade.

Inferno.



(post dedicado à minha amiga Michele, que também nutre todos esses sentimentos)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

De uma vez por todas

Sim, eu estive relutante em falar a respeito do final de tudo. Não sei porquê. Talvez achasse que seria precipitado, ou achasse que tem volta, enfim. Hoje talvez seja o momento.

Pessoas entram na sua vida. E acho que com a mesma facilidade que entram, podem sair. Não se deve dramatizar isso, é apenas a ordem natural das coisas. Já chorei muito por pessoas, amigos, ex-namorados, mas vejo que hoje, por mais que doa, não se deve ficar endeusando a dor. Planos desfeitos, sonhos que não vão mais se realizar (pelo menos não com aquela pessoa ao lado), juras de amor eterno que só foram eternas enquanto duraram... isso é normal. Toda pessoa apaixonada faz isso.

Não sei nem vou tentar definir o que é amar. Só tenho uma opinião, talhada em pedra, a respeito de relacionamentos: quando o stress e as brigas começam a sobressair mais que o prazer de estar na companhia do outro, é hora de rever tudo. Pra que ficar com alguém que você briga, discute? Não tem lógica. Pra que segurar uma relação que já teve seu prazo de validade expirado? Não faz sentido. Comodismo? Talvez. Medo da solidão? Pode ser.

Nunca tive problemas em estar solteira, tanto porque me dou muito bem comigo mesma. Não preciso de alguém pra ser feliz. Esse alguém pode ser parte da minha felicidade, mas não ela toda. Ah!, outra coisa: não dou murro em ponta de faca. Não adianta você querer e ouvir promessas: a pessoa não vai mudar. Se não mudou por ela mesma, não seja prepotente de achar que mudará por você. As pessoas podem se moldar, mas mudar, nunca.

Quem sabe, meu pai esteja certo: vou morrer solteira. Honestamente, não me importo, nunca fez o meu estilo querer casar, ter filhos e cuidar de casa. Mas, de uma coisa eu tenho certeza: posso até continuar solteira por algum tempo, mas pelo menos, nunca vou me perder de mim. Sei o que quero, o que gosto e onde quero chegar. Quer me acompanhar? Ok. Mas caminhe do meu lado, nunca atrás de mim.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Faça, mas faça de coração.

Tem gente que diz que eu pareço ser grossa, ríspida e que durante meu parto, junto com a placenta, foi-se embora o filtro que fica entre o cérebro e a boca. Isso é verdade. Sempre achei que a sinceridade é a melhor saída. Vide alguns exemplos:

Amiga:
Minha maquiagem tá boa?
Eu: Não, tá parecendo o Bozo.

Pessoa na rua: Oi, lembra de mim?
Eu: Não.

Mas não é disso que eu quero falar. Quero falar que mesmo sendo uma pessoa que não tem muito senso de politicagem, eu tenho um bom coração. Sério. Tenho mesmo. Meu coração é tão bom que, às vezes, sou boba.

Uma vez eu tentava evitar isso, mas não dá, eu sou uma fofolete. Tá, não sejamos tão drásticos. O que eu quero dizer é que eu normalmente não me importo com as pessoas, mas os poucos amigos que eu tenho, que acho serem merecedores da minha amizade, conseguem tudo de mim. Menos dinheiro, claro. Eu faço de tudo pra ajudar, me desdobro em duas pra fazer o que me pedem, estendo a mão e abro a porta da minha casa.

Mas, nem sempre as pessoas são legais com você. Nem sempre correpondem às expectativas. Nem sempre, ou melhor, quase nunca. Sabe o segredo que a Michele me ensinou e eu aprendi e sigo à risca? Quando a gente faz algo de coração, não espera retorno. E isso é a mais pura e simples verdade. Comecei a não esperar consideração, respeito, muito menos lealdade das pessoas. Tudo fica mais fácil quando se pensa assim.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

De volta. Ou não.

Olá, anjinhos, como vocês estão? Andaram pegando no meu pé porque andei abandonando o blog. Como se fosse só sentar, ligar o computador e escrever!
Como eu não tenho (absolutamente) nada de relevante pra postar, falarei imbecilidades (nossa, que novidade!):

- acho que tenho dislexia. De uma forma moderada, mas tenho. Hoje mesmo, fui escrever a palavra "osteoporose" e consegui escrever "osteropose" 7 vezes. Além de estar comendo sílabas de forma nunca vista antes. Eu deveria postar sem revisar, para vocês terem ideia da gravidade da coisa.

- estou começando a considerar a ideia de que eu sou um gênio. Ou sou muito susceptível à possessões. Só assim eu consigo explicar o fato de me sair bem nas provas sem estudar ou comparecer às aulas.

- além de gênio ou possuída, tenho o corpo fechado. Ninguém que leva a vida que eu levo (bebe, fuma, come porcaria, não faz atividade física e é ranzinza), consegue ter uma saúde impecável como a minha. Galera que apostou que eu infartava antes dos 30, mals aí, i will survive.

- além de gênio ou possuída e descendente do Highlander, ando tão calma que eu não pareço eu. Ok, vai ter gente que vai discordar, dizendo que meu humor anda tão ácido que parece que eu durmo com o Hugh Laurie, mas ninguém pode negar que a Pollyanna está fazendo de mim uma pessoa melhor.

- ando pensando em anomalias, ultimamente. Ao perguntar para minha mãe se ela criaria um filho deformado, ela me diz que cria eu e meu irmão, portanto, uma aberração a mais, uma aberração a menos, tudo bem. Acho que ela deveria começar a considerar o fato de que, em alguns anos, ela vai estar fraca e debilitada e será submetida às minhas vontades e escolha de asilo.

- não tenho muitos talentos. Mas sei fazer ôla com a barriga e língua de canoinha (sabia que existe um gene só pra determinar isso? Me poupe, Darwin!). Só que o Guilherme, aqui da agência, também faz ôla com a barriga, sendo que ele consegue tremer ela de forma semelhante à Carla Perez quando fazia 'tchan, tchan, tchan, tchan, tchan'. Preciso me aprimorar, não posso ficar estagnada. Vou filmar a barriga dele qualquer dia desses pra provar como é legal e invejável tremer a barriga daquele jeito.

- preciso terminar de começar minha monografia. Alguém aí poderia me ajudar a escrever sobre "A publicidade voltada ao homossexual na mídia impressa", né? Um pacote de balas 7 Belo pra quem se habilitar.

Viram como minha vida é chata, sem graça e desprovida de adrenalina e/ou serotonina? Não sei quando vou conseguir postar normalmente (!?) outra vez. Um beijo de esquimó pra vocês, anjinhos. Sendo vocês fantasmas ou não. :D