quarta-feira, 23 de junho de 2010

Má oêêê!

Como eu ando passando tempo considerável na frente do computador escrevendo sobre linguagem publicitária, segmentação de mercado e história da propaganda, notei que meu cérebro estava inchando o suficiente para ficar preocupada. Para aliviar a tensão, resolvi dar uma passada por aqui, tirar as teias de aranha, espanar a poeira e recuperar o terreno que vários seres inimagináveis haviam tomado para si.

Este post não tem pé, muito menos cabeça, sendo que esta, está no arquivo minimizado intitulado "Capítulo 1". Pelo menos esta tela não me faz ter crises de choro. Pois então galera, eu estou me formando! Quem diria, heim? Aquela guriazinha que largou a faculdade de direito para fazer Publicidade (até então, incentivada pela mãe que não se cansava de dizer: "Quanta criatividade jogada fora, minha filha, você deveria fazer Publicidade e Propaganda e tentar ganhar dinheiro com isso". É, praga de mãe sempre pega!), que gostava de fotografia e não tinha ideia do que um publicitário realmente fazia, ia conseguir chegar ao final.

Quatro anos de faculdade se passaram, desisti da fotografia, me apaixonei por redação, fiz bons trabalhos, me dei mal em outros. E agora, tudo termina dia 28. É difícil terminar a faculdade, sabia? Eu achava que nunca ia sentir falta daquelas aulas intermináveis de Teoria da Comunicação, das reuniões de brainstorm que quase acabavam em pancadaria. Mas, quatro anos se passaram e cá estou eu: encerrando a monografia, concluindo os projetos e rebolando pra dar conta das matérias. E já sentindo saudades.

Saudades de pensar que tudo era de brincadeira, podíamos fazer anúncios sacanas e nos darmos bem com isso, das vezes que um anúncio feito em 10 minutos virava contracapa do jornal do curso. Agora, parece que a vida real está batendo a porta, já não existe mais aquela desculpa de "quando eu me formar eu penso". Agora vem os preparativos da formatura, aguentar o namorado resmungando que não vai ser ele quem vai dançar a valsa comigo, o pai resmungando que não sabe dançar valsa, convites, vestido, decoração da recepção. Mas, junto com isso, vem uma série de inseguranças e preocupações. A proposta de trabalho em outro estado,  decidir entre pós-gradução, mestrado ou outro curso, elevar o namoro a um outro patamar e saber que agora não existem mais desculpas. Tem que encarar.

Acredite, passa rápido. Parece que foi ontem que vi meu nome entre os aprovados para o curso de direito e tinha certeza de que aquilo era o que eu queria para o resto da minha vida. E eu só tinha 16 anos. Larguei tudo, me encontrei e me decepcionei com a nova escolha daquilo que eu queria ser quando crescer. As inseguranças dos 16 anos passaram a ser outras, as certezas também. E eu só tenho 22 anos.

Mas, e quem disse que não vai ser sempre assim?
Tem que encarar.

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