sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Item máximo na escala de irritabilidade


Uma vez, uma amiga me disse que era mais fácil elencar as coisas que eu gostava que as que eu não suportava. E é verdade. Existem coisas que eu não suporto, mas entre esses milhões desagradáveis de coisas algumas se destacam. Japoneses, por exemplo. Argentinos. Comunistas. Bom, não vamos entrar nos méritos de irritabilidade de cada um. Mas acho que a coisa mais desagradável, na minha opinião, é me subestimar por causa da idade.
Odeio quando dizem: “você não sabe nada” ou “você não passou por metade do que eu passei”. Ok, tenho apenas 21 anos, mas isso não faz das minha experiências menos importantes que as suas. Logicamente, respeito a opinião de quem eu sei que mais bagagem que eu e pode me ensinar alguma coisa. Mas aí entra a questão principal: o respeito.
Dentre meus milhões de defeitos, que também acho que não devemos entrar no mérito de cada um, caso contrário esse post ficaria enorme, tenho que admitir uma qualidade minha: eu sei respeitar a opinião alheia. Eu tenho um ponto de vista, você tem outro. Eu vou expor o meu, você o seu. Só não tente me convencer que o que eu penso é errado, não faça isso. Não tente me dizer que eu não sei nada da vida, que eu não entendo de música ou de literatura, ou disso ou daquilo. Posso saber menos, mas vou tentar aprender mais. Não venha me dizer que o que eu leio é lixo, porque eu não vou falar isso dos seus livros. Não venha maldizer minhas músicas, pois eu não farei isso das suas. Não tente dizer que minhas opiniões ou convicções são coisas de menina, que eu não sei nada de nada. Não julgue pelo fato de eu ter a faculdade paga pelo pai ou até mesmo por ter um pai. Cada um é cada um. As coisas que eu passei foram importantes pra mim, talvez, pequenas pra você. Mas não tente dizer que não foram relevantes. Pra mim foram. Pra você não. É aí que entra o respeito.
Pois é, dentre as coisas que eu odeio mais que japoneses, mais que argentinos e mais ainda que comunistas estão os donos da verdade.

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